DNA AZUL

Camarões-bailarino e Aiptasias

Lysmata spp. (Baeza & Behringer, 2017)Lysmata spp. (Baeza & Behringer, 2017)Pessoal, existe muita confusão sobre as espécies de camarões-bailarino. Antigamente, existia uma espécie chamada de Lysmata wurdemanni. No entanto, descobriu-se que essa espécie na realidade era um complexo de espécies (não era uma espécie só, mas várias). E a partir daí várias espécies novas foram descritas, como L. ankeri, L. bahia, L. pederseni e L. boggessi dentre outras. E uma das espécies dentro desse complexo ficou com o nome de L. wurdemanni. Então, antigamente, L. wurdemanni era um grupo de espécies que continha 8 espécies dentro dele; agora essas espécies foram descritas e L. wurdemanni é apenas uma dessas 8 espécies. Confuso, né? Mas o importante é saber que apenas algumas dessas espécies são especialistas em se alimentar das anêmonas-praga "Aiptasia" (Exaiptasia spp.). Dentre estão L. ankeri, L. seticaudata e L. boggessi. Vejam algumas dessas espécies na figura de Baeza & Behringer (2017).


Sulfato de cobre ou Cupramine?

Sulfato de cobreSulfato de cobreTemos visto muitas pessoas usando Cupramine (Seachem®) porém seguindo o protocolo de sulfato de cobre (CuSO4). E o oposto também - temos visto aquaristas utilizando CuSO4 e seguindo o protocolo do rótulo da Cupramine. Isso é um problema, pois CuSO4 é uma substância diferente daquela que é utilizada no Cupramine (a substância real não é divulgada pela Seachem). Portanto, essas duas substâncias possuem diferentes eficácias, toxicidades e diversas outras propriedades físico-químicas. Portanto, ao usarmos Cupramine, devemos seguir o rótulo da embalagem da Seachem; e para CuSO4, precisamos usar um protocolo específico para CuSO4, como o da Eco-Reef.


As obrigações morais do aquarista

Você é um bom aquarista?Você é um bom aquarista?Pessoal, começamos o ano com uma postagem muito importante. O aquarismo deve ser um aliado do meio ambiente. Precisamos preservar e não degradar; por isso, vemos que o aquarista tem cinco obrigações: i) tratar bem os organismos em seu aquário, mantendo-os em bom volume, bem-alimentados, livres de estresse e quarentemados; ii) não comprar de estabelecimentos que tratem os organismos inadequadamente ou apresentem práticas ilegais; iii) não remover organismos do oceano; iv) não liberar organismos no oceano; e v) usar o aquário como ferramenta de conscientização.


Cultivo de tridacnas

Desenvolvimento larval de tridacnídeosDesenvolvimento larval de tridacnídeosSabiam que membros da Eco-Reef participaram do primeiro cultivo de tridacnas realizado fora do Indo-Pacífico? Foram cultivos experimentais, cujos resultados estão todos publicados em periódicos científicos. Veja ao lado a foto do ciclo larval completo das tridacnas!


Neobenedenia

Neobenedenia melleni (www.marinespecies.org)Neobenedenia melleni (www.marinespecies.org)A Neobenedenia melleni é uma “planária” parasita de peixes marinhos de grande porte. Este organismo causa severos prejuízos financeiros para piscicultores marinhos. No entanto, ocasionalmente aparece também em peixes de pequeno porte que são encontrados na aquariofilia marinha (especialmente em peixes nacionais como Holacanthus ciliaris e outros anjos). Mas o tratamento é fácil e eficaz – um banho de água-doce!


Larvas que seguem os pais

Acanthochromis polyacanthus e suas larvasAcanthochromis polyacanthus e suas larvasExiste um caso muito particular e inédito nos ciclos de vida de peixes: Larvas que seguem os reprodutores. Isso é descrito somente para a espécie Acanthochromis polyacanthus. Neste caso, existe um cuidado parental larval. As larvas eclodem e ficam rodeando os pais, que as protegem. Caso único!


Acroporas caribenhas

Acropora palmata (https://ambergriscaye.com/photogallery/161007.html)Acropora palmata (https://ambergriscaye.com/photogallery/161007.html)Existem cerca de 120 espécies pertencentes ao gênero Acropora. Mas apenas três ocorrem no Oceano Atlântico, e todas restritas ao Caribe. Elas são Acropora cervicornis, A. palmata e A. prolifera. Esta última é uma espécie que foi gerada a partir duas anteriores, em um processo chamado de evolução reticulada. No entanto, muito dessas três espécies se perdeu recentemente por conta das mudanças climáticas...


O filtro biológico imita o oceano

Alça microbiana (Lalli & Parsons, 1997)Alça microbiana (Lalli & Parsons, 1997)O filtro biológico é um conceito importantíssimo para o aquarismo. E também para a oceanografia, mas leva outro nome: alça microbiana. A matéria orgânica dissolvida produzida pelos organismos é consumida por bactérias heterotróficas. No entanto, no oceano, outros organismos consumirão essas bactérias, reintroduzindo o carbono na teia alimentar.


Palhaços reproduzidos entram nas anêmonas?

A. ocellaris com 26 diasA. ocellaris com 26 diasTemos diversos relatos de quem já comprou palhaços cultivados da Eco-Reef. Há quem diga que entrou na anêmona no primeiro dia; outros dizem que já estão com o peixe há anos e nada. Portanto deve haver algum fator desconhecido que exerça o controle. Mas uma coisa podemos dizer: desde cedo o palhacinho já é capaz de entrar em uma anêmona. Veja uma foto de um palhacinho produzido pela Eco-Reef em 2012, com 26 dias de vida sobre uma pequenina anêmona Bubble-Tip, ambos em um frasco de 50 mL.


Zooxantelas não dão cor aos corais!

Liti Haramaty, FlickrLiti Haramaty, FlickrPrecisamos quebrar um mito: corais não são vermelhos porque possuem zooxantelas vermelhas; não são verdes porque possuem zooxantelas verdes; e não são roxos porque possuem zooxantelas roxas. Zooxantelas são marrons (na realidade uma mescla de marrom com amarelo) e a sua cor não muda. Corais com muitas zooxantelas puxam mais para o marrom; com poucas, puxam mais para a sua pigmentação natural.