http://www.liveaquaria.com/product/3443/?pcatid=3443Alguns de vocês já devem ter ouvido falar do Pseudochromis “Indigo” (foto ao lado). Essa espécie, na realidade, não existe. É um híbrido de Pseudochromis fridmani x Pseudochromis sankeyi. Portanto, como esses peixes são hermafroditas bi-direcionais, quem tiver um de cada em seu aquário fatalmente vai acabar com um casal. No entanto, infelizmente, a Eco-Reef não os produz pois muitos dos juvenis oriundos desse cruzamento saem com coloração indesejada. Além do mais, não há muito interesse do mercado neles...
https://en.wikipedia.org/wiki/TubastraeaSabiam que temos espécies de corais invasores em nossa costa? Temos a Tubastraea coccinea (o famoso Coral-Sol), que é originário do Indo-Pacífico e está amplamente distribuído no Oceano Atlântico, particularmente abundante na costa da região Sudeste do Brasil. E mais recentemente, há cerca de 6 meses, foi descoberta a presença de Xenia sp., também do Pacífico, em Angra dos Reis! Portanto, vale ressaltar que corais (ou quaisquer outros organismos) exóticos jamais devem ser liberados na natureza.
http://www.marinebio.net/marinescience/04benthon/crform.htmVocês sabiam que existem três tipos básicos de recifes? Recife de franja, recife de barreira e recife de atol. Os três partem da mesma formação geológica: uma ilha. Conforme a ilha subside (afunda) ou o nível do mar se eleva, são produzidos estes três diferentes tipos de recifes. No caso do recife de franja, a construção recifal está imediamente próxima à praia; no caso do recife de barreira, está um pouco afastada, formando uma barreira. E no último caso (atol), a ilha subsidiu totalmente e sobrou somente a construção recifal.
Thalassoma noronhanum (http://www.fishbase.org/photos/PicturesSummary.php?StartRow=1&ID=27235&what=species&TotRec=4)Organismos endêmicos são aqueles que são restritos a uma determinada área geográfica – ocorrem somente por lá. E o Brasil possui vários peixes endêmicos de sua costa e recifes de corais, como o Thalassoma noronhanum (foto ao lado), o Gramma brasiliensis e o Elacatinus figaro (Yellow Neon Goby, produzido pela Eco-Reef!), entre outros.
Larva do poliqueto <i>Phragmatopoma lapidosa</i>. Foto de Paulo Sumida e Miguel MiesMuitos de vocês devem ouvir o termo “larva” por aí, mas poucos verdadeiramente sabem o que é uma larva. Pois bem, a larva é um estágio de desenvolvimento que apenas certos grupos de animais apresentam. É distintivo por ser morfologicamente bastante diferente do adulto, também por tipicamente apresentar hábitos de vida e alimentares também diferentes. Eventualmente, as larvas sofrem a metamorfose, quando sua morfologia e hábitos mudam drasticamente em pouco tempo, as tornando similares aos adultos, mas ainda imaturas – portanto, juvenis.
Por exemplo: uma larva de um poliqueta não possui tubo, apresenta estruturas natatórias, habita o plâncton (coluna d’água) e normalmente se alimenta do vitelo. Já o adulto possui tubo calcáreo (no caso dos Serpulidae), possui reduzida capacidade de locomoção, habita o bentos (substrato), e se alimenta de fitoplâncton e material orgânico particulado e dissolvido.
Pessoal, aqui divulgaremos o protocolo de quarentenamento de peixes da Eco-Reef, para AQUARISTAS ou quem vai quarentenar POUCOS peixes:
Material necessário:
Sulfato de cobre (CuSO4)
- Receita manipulada da Eco-Reef: 1000 mL de água destilada, 39 g de CuSO4 pentahidratado e 2,5 g de ácido cítrico
Formalina (formaldeído 37% em solução aquosa)
Água doce deionizada
03 frascos de vidro com tampa
Compressor de ar, 02 mangueiras de silicone e 02 pedras porosas
Etapas:
***Primeiro dia
- Retirar peixe do saquinho e imediatamente colocá-lo em um frasco (A) com 1 L (para peixes de pequeno porte como um peixe-palhaço) de água salgada.
- No mesmo frasco, adicionar formaldeído em concentração final de 150 mg L-1 (0,15 mL por L se estiver usando formaldeído 36-38%). Manter por 1 hora.
- Remover o peixe e dar um banho de água deionizada (temperatura ambiente, não precisa equilibrar o pH) por 2 minutos.
- Colocar o peixe em um novo frasco (B) com 1 L de água salgada, com pedra porosa conectada ao compressor de ar.
- Adicionar ao frasco B o sulfato de cobre (CuSO4) para que os íons cobre (Cu+2) fiquem em concentração final de 0,2 mg L-1.
*Se for usar a receita da Eco-Reef, pegue 1 mL da receita de cobre e adicione 100 mL de água deionizada. Misture e pegue 2,5 mL dessa solução e coloque no frasco B com o peixe.
***Segundo dia
- Adicione mais 2,5 mL da solução de cobre ao frasco B.
***Terceiro dia
- Transfira o peixe para um novo frasco (C) com água salgada e uma nova pedra porosa. Adicione 2,5 mL da solução de cobre. Pegue o frasco B, sua mangueira e pedra e deixe mergulhado em álcool.
***Quarto dia
- Retire o peixe do frasco e repita o banho de formaldeído.
- Devolva o peixe ao frasco e adicione 2,5 mL da solução de cobre.
***Quinto dia:
- Pegue o frasco B, sua pedra e mangueira e enxagüe muito bem em água doce. Secar bem.
- Transfira o peixe de volta para o frasco B, com água salgada nova.
- Adicionar 2,5 mL da solução de cobre.
***Sexto dia:
- Adicionar 2,5 mL da solução de cobre.
***Sétimo dia
- Repetir banho de formaldeído
- Repetir banho de água deionizada
- Peixe está liberado para entrar no aquário
Observações:
- não é necessário fazer teste de cobre.
- alimente apenas uma vez por dia.
- mantenha a temperatura entre 23 e 29ºC.
ATUALIZAÇÃO: Uma explicação em vídeo desse protocolo foi disponibilizada pelo canal Reef and Dive: https://www.youtube.com/watch?v=xVuFvhgG2Y8&t=1s
Pessoal, aqui divulgaremos o protocolo de quarentenamento de peixes da Eco-Reef, para LOJISTAS ou quem vai quarentenar MUITOS peixes:
Material necessário:
Sulfato de cobre (CuSO4)
- Receita manipulada da Eco-Reef: 1000 mL de água destilada, 39 g de CuSO4 pentahidratado e 2,5 g de ácido cítrico
Formalina (formaldeído 37% em solução aquosa)
Água doce deionizada
01 recipiente com tampa
Etapas:
***Primeiro dia
- Retirar peixe do saquinho e imediatamente colocá-lo no recipiente com 1 L (para peixes de pequeno porte como um peixe-palhaço) de água salgada.
- No mesmo frasco, adicionar formaldeído em concentração final de 150 mg L-1 (0,15 mL por L se estiver usando formaldeído 36-38%). Manter por 1 hora.
- Remover o peixe e dar um banho de água deionizada (temperatura ambiente, não precisa equilibrar o pH) por 2 minutos.
- Colocar o peixe em um sistema de quarentena recirculado (com sump), contendo: bomba de recalque, skimmer, aquecedor, iluminação (qualquer tipo), reposição de água doce. Trate com o mesmo cuidado que tomaria com uma bateria de peixes normal.
- Adicionar ao sistema o sulfato de cobre (CuSO4) para que os íons cobre (Cu+2) fiquem em concentração final de 0,2 mg L-1.
*Se for usar a receita da Eco-Reef, use 2,5 mL para cada 100 L de água salgada.
***Quarto dia
- Retire o peixe do frasco e repita o banho de formaldeído.
- Devolva o peixe ao sistema de quarentena.
***Sétimo dia
- Repetir banho de formaldeído
- Repetir banho de água deionizada
- Peixe está liberado para entrar na bateria de venda
Observações:
- meça o cobre diariamente (muito importante!) e reponha sempre que necessário.
- mantenha amônia total abaixo de 1 mg L-1 e nitrito abaixo de 0,05 mg L-1; fosfato e nitrato não deverão acumular neste protocolo.
- alimente bem os peixes.
- certifique-se de que há espaço confortável para todos os peixes.
ddPessoal, muitos se perguntam sobre qual é a melhor ração para o peixe marinho. Primeiro, deve se conhecer a dieta da espécie de interesse, se é carnívoro, onívoro, etc. Isto sabido, a ração deve possuir bom desempenho em todas as seguintes categorias: atratividade (o peixe deve se interessar e atrair pela ração), palatabilidade (deve ser palatável, “gostoso”), digestibilidade (não basta ingerir; tem que ser algo que ele consiga digerir em sua maioria) e valor nutricional. Na hora de escolher, procure rações granuladas ou peletizadas (de maneira que os compostos lábeis não tenham sido perdidos), com cheiro de peixe seco (indica a presença de farinha de peixe, um importante ingrediente), coloração avermelhada (indica a potencial presença de astaxantina) e composta majoritariamente por ingredientes de origem marinha.
As principais espécies de tridacnídeos
A Eco-Reef possui uma relação bastante estreita com tridacnas e seu cultivo. Nunca fizemos comercialmente, porém várias vezes em caráter acadêmico e experimental. Enfim, vocês conhecem as principais espécies de tridacnas? É possível diferenciá-las pela morfologia do manto, mas o principal órgão de caráter taxonômico é a valva (concha). Vejam as fotos acima para saberem como distingüí-las!